A minha infância não foi
difícil, brincava muito, mas também não foi uma das melhores. Sua filha de
retirantes, minha mãe aprendeu a ler e a escreve seu primeiro nome e meu pai
chegou somente a 4 série do ensino fundamental, não tiveram oportunidade pois trabalhavam no campo, que
quando chegaram em São Paulo jornadas duplas de trabalho.
Meu pai sempre me incentivou,
queria que eu estudasse tudo o que ele não havia estudado, porém não havia
livros em casa, eles não tinham condições para tais aquisições.
Quando chegavam
as férias eu ia para Caçapava – região do Vale do Paraíba, na casa da minha
tia, ela tia uma empregada que cuidava das crianças à noite para os pais saírem
um pouco. Néia era a nossa babá de férias ela lia histórias bíblicas, pois era
o único livro da casa, mas ela fazia cenário fantasias, gestos, sons, cantava,
gritava nossa dava até medo, era muito legal, Eu amava quando chegavam as
férias e sempre queria que a Néia contasse uma nova história.
Hoje quando a
encontro sempre me lembro das suas narrativas, para mim ela foi uma contadora
de histórias maravilhosa.
Já minha tia adorava me escrever cartas e sempre
queria respostas. Era muito legal quando chegavam as suas correspondências.
Depois o gosto pela leitura
foi aflorado na faculdade tive ótimos professores que incentivam a turma,
queria ler e saber sempre mais, passei a gostar também de teatro e música.
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