segunda-feira, 3 de junho de 2013

Minha experiência com a leitura

É sempre muito bom (re)lembrar, da nossa infância, os nossos aprendizados, as nossas emoções e as nossas leituras.
Sempre gostei muito de ler, pois fui incentivada pelos meus pais que (apesar da pouca instrução sempre me deram total apoio), com muitas dificuldades nunca deixaram faltar nenhum livro ou caderno necessários ao meu aprendizado. Não me recordo do primeiro livro lido por mim, mas lembro de um (e o tenho até hoje) que foi do meu pai quando criança, "A Aldeia Sagrada".
A história nele contada me fez viajar para a Bahia e pelo espaço, já que relata a Guerra de Canudos e a queda de um meteorito, que recebeu o nome de Bendegó,  cuja a queda se deu na própria Bahia no período da Guerra. Quando eu lia, não conseguia imaginar ou entender o que a guerra tinha a ver com a queda do meteorito, mas meu pai (meu herói, meu ídolo e meu historiador), sentava-se ao meu lado e me explicava o que era um e o que era o outro e o que os assemelhavam.
Claro que ele interpretava a história de uma maneira tão fascinante que eu me via vivenciando a história, sentindo os cheiros, ouvindo os gritos daqueles homens que lutavam para defender sua terra e dos homens que lutavam para transportar o Bendegó.
Acho que esse, além de  todas as histórias (ou causos) que minha mão contava antes de eu dormir, só acrescentaram às leituras que meus outros heróis (professores) também me ofereciam e me faziam viver no passado e ir para o futuro, a amar, a chorar e a sonhar.
Também havia as enciclopédias ( Barsa e Meu Livro de Pesquisas). Aquelas que as pessoas passavam de porta em porta, vendendo. E mais uma vez o sacrifício se fazia presente e eu  era presenteada com mais algumas “viagens” intelectuais,
Não importava se eram datas históricas, bandeiras, autores e atores ou palavras desconhecidas; o que importava era ler. Na verdade, me vejo como a Danuza Leão afirmou “ uma arnaquista intelectual".
Acredito na frase de Bill Gates : “ Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história”.
Ainda quero ler muito e essa paixão pela leitura procuro transmitir aos meus alunos para que se tornem escritores da própria história.

 Rosana Sposito

Nenhum comentário:

Postar um comentário